Projeto Girassol e o Setembro Amarelo

By Gabriella Lopes - 13:08


Oi gente, tudo bom com vocês? ~fazendo a Sabrina mesmo

Vou falar aqui de um projeto que Arine, Nat e eu estamos desenvolvendo e colocando em prática: tendo em vista a causa importante que é o Setembro Amarelo (ou o 'Yellow September'), criamos o Projeto Girassol.

O objetivo do projeto é fazer com que qualquer pessoa se sinta importante e se sinta confortável sendo a melhor coisa que pode ser - elx mesmx! E, para isso, estamos criando postagens diárias com mensagens e trechos de músicas que (esperamos) motivem às pessoas.

"Mas o que é o Setembro Amarelo?"
Ao contrário do 'Maio Amarelo', que é uma causa mundial por atitudes mais conscientes no trânsito, o Setembro Amarelo (ou Yellow September) tem o objetivo de conscientizar e alertar sobre algo que não deveria ser banalizado como é: o suicídio.

Suicídio não é procura por atenção ou egoísmo como muita gente pensa. Quando a pessoa, qualquer que seja, procura o suicídio como uma solução de dores e problemas que o afetam externa e internamente, ela já não se sente bem o suficiente para resolver os problemas.

"Então quer dizer que suicídio é a mesma coisa de desespero?"
Não. O suicídio, a tentativa de suicídio ou a criação de pensamentos suicidas estão muito além do desespero. Vou tentar exemplificar da melhor forma possível: quando eu tinha 12 ou 13 anos, eu sofri bullying.

Eu fui uma criança pouco acima do peso, nerd, introvertida e com autoestima baixa (não que as partes da autoestima baixa e da nerdisse tenham ido embora completamente, veja bem, hahaha ~rindo de nervoso~), e isso era motivo suficiente para os bullies agirem e fazerem com que eu me odiasse (até chiclete no meu cabelo eles grudaram). Eu me sentia horrível e pensava que ninguém ligava para mim ou me queria bem, pensava que ninguém se importava.

Cheguei, sim, a ter pensamentos suicidas e cheguei a provocar vômitos. Não cheguei à automutilação, meus pais foram e ainda são pessoas bem atenciosas e participativas na minha vida e na vida da minha irmã (nem sempre as pessoas tem essa sorte de ter pais atenciosos).

[essa é a primeira vez que eu falo disso abertamente, que eu exponho isso. Tendo em vista a importância da causa, achei importante compartilhar. Sim, eu estou chorando enquanto escrevo isso.]

Resumindo a epopeia, quando você pensa em suicídio, você é uma pessoa que pensa que não tem mais pra onde correr, pensa que não têm pessoas que se importam, e que te acham importante, de fato. Você se sente um nada, indiferente à sua vida e a qualquer outra coisa, parece que você está imerso, se afogando em um mar agitado por uma tempestade, e vai por mim: esse sentimento é o pior que existe.

Foi pensando nisso que eu juntei forças com duas pessoas incríveis e que toparam, na hora que falei das ideias que tive para o projeto, participar. Nosso projeto é pequeno, perto do tanto de atenção que a causa precisa.

Antes que perguntem, não sou psicóloga. Eu sou publicitária. E, se quiser falar, eu vou te ouvir/ler e tentar dar o apoio que tiver ao meu alcance. Mas, como não sou psicóloga, terapeuta, analista ou psiquiatra, recomendo uma coisa acima de tudo: procure a ajuda de profissionais preparados para lidar com as suas questões. Faz bem e saúde mental é e sempre foi importante e essencial para estarmos realmente saudáveis.

Há um outro serviço que não é muito popular, mas que tem sua importância: é o Centro de Valorização à Vida (CVV). Você liga para eles no número 144 e eles têm voluntários e profissionais preparados para te ouvir e te ajudar, também.

É isso, por enquanto, o que tenho a dizer. Sigam a página do Projeto Girassol no Instagram e sigam a tia no Twitter.

Até a próxima! 💖

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